Quando falamos de patologias associadas à ingestão de glúten existem três possibilidades:
• alergia ao glúten • sensibilidade ao glúten não celíaca • doença celíaca
Num grande número de casos, a alergia alimentar confunde-se com intolerância alimentar. As duas recções são no entanto muito diferentes: os mediadores da reacção não são os mesmos. A alergia alimentar manifesta-se por uma reacção imunitária anormal a alergéneos, conduzindo à formação de anti-corpos que vão depois produzir a libertação de outras moléculas responsáveis pela aparição dos sintomas.
Na sensibilidade ao glúten não celíaca a ingestão de alimentos com glúten vai depender da tolerância de cada pessoa.
Quando existe uma componente imunológica e genética especifica, que se manifesta de forma permanente e definitiva, trata-se de Doença Celíaca (DC). A DC é pois uma doença auto-imune que ocorre em indivíduos com predisposição genética causada pela permanente sensibilidade ao glúten. A ingestão de glúten, mesmo em pequenas quantidades, leva o organismo a desenvolver uma reacção imunológica contra o próprio intestino delgado, provocando lesões na sua mucosa que se traduzem pela diminuição da capacidade de absorção dos nutrientes. A eliminação do glúten da alimentação permite que o intestino regenere por completo da lesão e o organismo recupere. Contudo, se houver reintrodução do glúten, as inflamações regressam e os sintomas reaparecem.
Se existe um diagnóstico efectivo de doença celíaca, a dieta sem glúten deve ser cumprida de forma rigorosa para toda a vida, não existindo “dias” de excepção.