A doença celíaca é uma doença auto-imune caracterizada pela intolerância permanente ao glúten que ocorre em indivíduos com predisposição genética.
A ingestão de glúten, mesmo em pequenas quantidades, leva o organismo a desenvolver uma reação imunológica contra o próprio intestino delgado, provocando lesões na sua mucosa que se traduzem pela diminuição da capacidade de absorção dos nutrientes. A eliminação do glúten da alimentação permite que o intestino regenere por completo da lesão e o organismo recupere. Contudo, se houver reintrodução do glúten, as inflamações regressam e os sintomas reaparecem.
Essa reação faz com que o intestino seja cada vez mais incapaz de absorver nutrientes, causando desnutrição e alterações fisiológicas e danos mais graves.
O deficit de absorção é ainda mais grave na infância, um período da vida em que mais do que qualquer outro, o corpo precisa de nutrientes para o desenvolvimento e crescimento.
Infelizmente a doença celíaca não tem cura pelo que a reintrodução do glúten na alimentação determinará mais tarde ou mais cedo o reaparecimento de alguns sintomas: anemia, aumento discreto do volume do abdómen, baixa no rendimento escolar, paragem do crescimento, ausência ou perturbações da menstruação e, no adulto, baixa de fertilidade ou mesmo esterilidade. Deve portanto acentuar-se que uma vez estabelecido com segurança o diagnóstico, A DIETA TERÁ DE SER CUMPRIDA DURANTE TODA A VIDA.